Diversidade é legal. Mas já ouviu falar em inclusão?

Diversidade é legal. Mas já ouviu falar em inclusão?

23/05/2024 | Agência Fome | Blog

O acolhimento de pessoas com deficiência, LGBT+, negros, idosos, indígenas, entre outros, finalmente ganhou espaço nos últimos anos e abriu discussões importantes sobre a tão falada (e sonhada) diversidade. 

Atualmente, esse é um assunto constante e que cada vez ganha mais espaço como pauta que deve ser defendida, principalmente nas empresas que querem se manter atualizadas. Mas a diversidade sozinha, infelizmente, não abre portas.

 

Saiba mais sobre a diferença entre diversidade e inclusão.


Interseccionalidade e suas variações

A diversidade é celebrada em muitos espaços hoje em dia, com empresas e instituições destacando a importância de uma força de trabalho variada. No entanto, a verdadeira inclusão vai além de reconhecer diferenças; trata-se de criar ambientes onde todos, especialmente pessoas LGBT+ e suas interseccionalidades, possam prosperar. 

 

Interseccionalidade é a interação ou sobreposição de fatores sociais e sistemas relacionados de opressão, dominação ou discriminação, que definem a identidade de uma pessoa e a forma como isso irá impactar sua relação com a sociedade e seu acesso a direitos.

 

Embora a visibilidade de indivíduos LGBT+ tenha aumentado, muitos ainda enfrentam desafios únicos que necessitam de soluções específicas. Essas são as pessoas que pertencem a mais de um tipo de minoria, grupos geralmente marginalizados pela sociedade.

 

Pessoas LGBT+ que também pertencem a outros grupos de minorias, como mulheres, negros, indígenas, idosos ou pessoas com deficiência, frequentemente enfrentam uma forma exacerbada de discriminação por suas interseccionalidades. A combinação de diferentes formas de preconceito pode dificultar o acesso a oportunidades de emprego, educação e saúde. 

Por exemplo, uma mulher trans negra idosa pode enfrentar barreiras significativas não apenas devido à transfobia, mas também ao racismo, ao etarismo e ao sexismo.

 

Tá, mas como lidar com essa questão?

Para abordar esses problemas, é essencial que as políticas de diversidade se transformem em práticas de inclusão reais. Isso inclui a implementação de treinamentos obrigatórios sobre preconceitos inconscientes e interseccionalidade para todos os funcionários, além de políticas de zero tolerância para discriminação. Programas de mentoria específicos para pessoas LGBT+ e apoio psicológico são igualmente importantes para promover um ambiente acolhedor e seguro.

 

A inclusão efetiva também requer que as vozes das pessoas LGBT+ sejam ouvidas e valorizadas na tomada de decisões. Isso significa ter representatividade em todos os níveis da organização, desde as primeiras posições de base da empresa até a diretoria. A verdadeira inclusão não é apenas sobre estar presente; é sobre ser respeitado e ter a oportunidade de contribuir plenamente. 

 

Aqui na FOME, instauramos um Comitê de Diversidade em 2022. Com o intuito inicial de ser um catalisador de vozes LGBT+ de dentro da agência, para aprovação de discursos para a Parada SP, entregues com mais verdade e intenção, o Comitê acabou sendo um norteador para futuras contratações e ideias de programação interna, promovendo a igualdade entre todos os colaboradores.

 

Apenas assim, podemos construir uma sociedade onde todos tenham a chance de alcançar seu potencial máximo, independentemente de quem são ou de onde vêm.

 

Agência Fome

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